Inconformidades presentes em cantinas escolares de um município do sertão baiano segundo legislação vigente

Inconformidades presentes em cantinas escolares de um município do sertão baiano segundo legislação vigente

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Gestão da Qualidade e Vigilância Sanitária em Alimentos

Para boa parte dos escolares, a alimentação na escola é a única refeição do dia ou a mais adequada, em relação às consumidas na sua residência, consideradas sob o ponto de vista
calórico, nutricional e higiênico. O processo de produção da alimentação escolar exige cuidados específicos e adequados que se iniciam com a seleção dos fornecedores, transporte e
armazenamento dos gêneros alimentícios, intensificando-se nas etapas de manipulação e distribuição das refeições. Assim, a identificação de fatores interferentes na qualidade
higiênico-sanitária das refeições mostra-se fundamental à adoção de medidas que eliminem e/ou minimizem riscos à população alvo do Programa Nacional de Alimentação Escolar o que
justifica a realização deste trabalho, cujo objetivo foi avaliar condições de adequação às boas práticas de fabricação em escolas municipais. Foram investigadas dez escolas de uma cidade
do Sertão Baiano, utilizando-se um check-list baseado nas Resoluções nº 275 e 216. As escolas foram classificadas em grupos, conforme cumprimento aos requisitos legais das Boas
Práticas de Fabricação. Das dez escolas avaliadas, 10% da amostra (uma escola) foi classificada no GRUPO 1 (76 a 100% de atendimento dos itens) e 90% da amostra (nove
escolas) foram classificadas no GRUPO 2 (51 a 75% de atendimento dos itens). Os percentuais de inadequação nas escolas variaram entre 22,59% a 48,39%, mostrando o
descumprimento da legislação vigente. Para controle higiênico-sanitário da alimentação escolar urge investimentos na construção e reforma das atuais cantinas, de modo a adequá-las
às Boas Práticas, permitindo a efetividade dos treinamentos a serem ministrados aos manipuladores de alimentos.