Medicina transfusional felina: Revisão de literatura

Medicina transfusional felina: Revisão de literatura

Monografia apresentada na Pós-Graduação em Clínica Médica de Felinos

A medicina transfusional na espécie felina está em constante desenvolvimento acompanhando o aumento cada vez maior de gatos que necessitam de transfusão de sangue total ou seus hemocomponentes. Desta forma, a hemoterapia nesta espécie vem evoluindo ao longo dos anos com a implantação de bancos de sangue com técnicas bem elaboradas que envolvem a seleção rigorosa dos doadores até a obtenção dos hemocomponentes.

Os felinos possuem três tipos sanguíneos principais: A, B e AB. O tipo A é o mais comum seguido pelo B. A incidência de cada tipo varia de acordo com a raça e localização geográfica. Os gatos possuem aloanticorpos sendo assim há necessidade de realização de tipagem e teste de compatibilidade desde a primeira transfusão. A indicação para a transfusão de hemácias envolve valores baixos de hematócrito (< 15%) ou hemoglobina (< 7 g/dL) associados às manifestações clínicas de descompensação hemodinâmica da anemia como taquicardia, taquipneia, pulso fraco e letargia.

Os componentes sanguíneos disponíveis para a utilização são o sangue total fresco, sangue total estocado, concentrado de hemácias, plasma fresco congelado e plasma congelado. As reações transfusionais são classificadas em imunológicas e não imunológicas que são prevenidas através da realização da tipagem sanguínea, teste de compatibilidade, coleta e conservação adequada das bolsas e triagem dos doadores para as principais doenças infecciosas colaborando para um procedimento cada vez mais seguro.